domingo, 21 de agosto de 2011

Plantas Venenosas (Parte 2: A Missão)

Dedaleira


dedaleira (ou dedal vermelho) para as flores desta planta, também chamada de "campainhas" pelo formato de suas flores, é uma erva lenhosa ou semilenhosa (Digitalis purpurea L.; Scrophulariaceae), venenosa, nativa da Europa. Pode ser cultivada como medicinal, por conter digitalina, e também como ornamental, pois possui inúmeras variedades hortícolas de flores róseas ou brancas.
Esta planta fornece um importante medicamento cardíaco chamado digitalina, prescrito em alguns casos de arritmiao ou insuficiência cardíaca.
Se impedida de terminar o ciclo através do corte da inflorescência murcha, retorna a florescer. Sua utilização medicinal deve ser muito criteriosa pois é uma planta muito tóxica em doses altas e se administrada a pessoas que não necessitam de seus efeitos. Excelente para bordaduras e maciços, jardineiras e vasos.

Oleandro


oleandro (Nerium oleander), também conhecido como loendroloandroloandro-da-índialoureiro-rosaadelfaespirradeiracevadilha ou flor-de-são-josé, é uma planta ornamental extremamente tóxica, da família  Apocynaceae.
É um arbusto grande, podendo ter por volta de 3 a 5 m de altura. Suas flores podem ser brancas, róseas ou vermelhas. É uma planta pouco exigente se tratando de temperatura e umidade.
Toda a planta é tóxica. Tem como princípios ativos a oleandrina e a neriantina, substâncias extraordinariamente tóxicas. Basta que seja ingerida uma folha para matar um homem de 80 kg, no entanto, muitas vezes a ocorrência de vómitos evita o desfecho fatal.
Os sintomas da intoxicação, que podem aparecer várias horas depois da ingestão, são dores abdominais, pulsação acelerada, diarréia, vertigem, sonolência, dispnéia, irritação da boca, náusea, vômitos, coma e morte.
Está registrado pelo menos um caso de intoxicação por ingestão de caracóis alimentados com folhas desta planta, devido à acumulação de toxinas ao longo da cadeia alimentar.

Tinhorão


tinhorão (Caladium bicolor) é uma planta bulbosa muito apreciada devido à sua folhagem ornamental. Ela apresenta folhas grandes, rajadas ou pintalgadas, com duas ou mais cores e tonalidades de branco, verde, rosa ou vermelho. As inflorescências têm importância ornamental secundária e são muito parecidas com as do lírio da paz (Spathiphyllum wallisi), sendo brancas ou esverdeadas e podem ser pintalgadas como as folhas. A floração ocorre no verão. Também é conhecida pelos nomes de caládiotajátaiá e coração-de-jesus.
Há mais de 1000 variedades de tinhorão atualmente, algumas são mais indicadas para o jardim e outras devem ser cultivadas em ambientes internos. Prestam-se para a formação de maciços e bordaduras, além de vasos e jardineiras. Durante o inverno o tinhorão entra em repouso e aparenta estar morto, mas emite novas brotações na primavera. Neste período as adubações devem ser suspensas e podemos remover os bulbos e guardá-los em local seco, sombreado e fresco.
O tinhorão também é considerado uma planta muito tóxica, devido a presença de cristais de oxalato de cálcio e saponinas em suas folhas. O contato com destas substâncias com os olhos, mucosas e pele pode provocar intensa ardência, inflamação e vermelhidão. A ingestão pode provocar edema de glote e consequente asfixia e morte. Deve estar longe do alcance de crianças e animais domésticos.
Devem ser cultivados sob luminosidade difusa, pleno sol ou meia-sombra, de acordo com a variedade. Em solo fértil, leve e enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares. O tinhorão aprecia a umidade, mas não tolera o encharcamento. Multiplica-se por separação dos bulbos quando a planta entra em repouso.

Beladona

beladona (Atropa belladonna) é uma planta pertencente ao gênero Atropa nativa da Europa, Norte de África e Ásia Ocidental, encontrada em solos húmidos, principalmente à beira de rios, lagos e represas.
Linnaeus, em 1700, denominou esta planta de Atropa belladonna, pois sabia que as mulheres utilizavam extractos de Atropa nos olhos para dilatar as pupilas de modo a ficarem mais belas, denominou-a de belladonna (mulher bela). A esse nome, juntou o de Atropa, baseando-se em Atropos que era, segundo a mitologia grega, a divindade responsável pela morte das pessoas, sendo uma das três parcas que controlavam o destino (uma seria responsável pelo nascimento, a outra pelo prolongamento da vida, e Atropos, seria o responsável pelo corte do fio da vida).
A beladona é uma das plantas mais tóxicas encontradas no hemisfério ocidental. A ingestão de apenas uma folha pode ser fatal a um adulto, embora isto possa variar de um espécie para outra. A raiz da planta geralmente é a parte mais tóxica.
Todas as partes da planta contém alcalóides. As bagas possuem perigo maior devido serem atrativas, negras, brilhantes e terem sabor adocicado. A ingestão de quantidades superiores a cinco bagas pode ser mortal.
Devido ao fato de seus frutos, quando ingeridos puros ou na forma de chás, provocarem efeitos psicoativos (alucinações), essa planta é utilizada como droga por algumas pessoas.
Ela também é matéria prima na formação de um medicamento homeopático que leva seu nome. É igualmente substância activa em medicamentos regulamentados pelo Infarmed, que servem de antiespasmódicos nos espasmos da laringe, nas cordas vocais e nas traqueítes.
bagas de beladona

Os sintomas de envenenamento de beladona são os mesmos que os da atropina, e incluem pupilas dilatadas, taquicardia, alucinação, visão borrada, garganta seca, constipação e retenção urinária. A pele pode secar completamente e os casos fatais mostram pulsos rápidos. Seu antídoto é a pilocarpina.

Buchinha

buchinha (Luffa operculata) é uma planta cucurbitácea originária da América do Sul e nativa do Brasil. Sua aparência é semelhante a da bucha de banho, mas apresenta um tamanho menor (cerca de 8 cm). Os frutos da buchinha apresentam esteróides semelhantes aos hormônios femininos e seu uso pode causar aborto. Tem causado vários casos graves de intoxicação, inclusive alguns levando ao coma ou até à morte foram registrados em virtude do uso indiscriminado do chá da planta como abortivo. Os sintomas após a ingestão do chá são caracterizados por intensas dores abdominais e hemorragias.
Nomes comuns: Cabacinha, buchinha, buchinha-do-norte, bucha-dos-paulistas, purga-de-joão-pais, abobrinha-do-norte, abobrinha-do-mato, bucha-dos-caçador, purga-de-bicho, purga-de-bucha, purga-de-falope, endoço, burcha-dos-pescadores, purga-dos-paulistas, bucha-do-norte, capa-de-bode e buchinha-do-nordeste.
Na medicina popular, essa planta também tem sido utilizada no tratamento da sinusite através da aspiração do infuso do fruto. Por ser altamente tóxica, seu uso tem acarretado sérias hemorragias nasais em vários pacientes por falta de conhecimento do manuseio.





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